sábado, 6 de março de 2010
Sumauma
Ceiba pentandra
Sumauma, sumaúma-da-várzea, sumaumeira, árvore-da-seda, sumauna-verdadeira.
Confesso que fiquei boquiaberto quando a vi pela primeira vez . Estava eu a andar pelo jardim botânico do Rio de Janeiro quando em meio a tantas outras belíssimas espécies , a avistei, majestosa em seu gigantesco tamanho. Foi muito emocionante estar a frente, ou melhor aos pés dessa gigante. Suas enormes raízes tabulares pareciam querer abraçar todo e qualquer ser que mais próximo dela se achegasse. Este exemplar inclusive é muito antigo e com certeza foi plantado a mando de Dom João VI que na época era apenas príncipe regente. Como você pode conferir pelas fotos suas medidas são incríveis e realmente nos faz sentir um tanto insignificantes diante sua grandiosidade.
Características morfológicas: Altura de 30-50 m, com tronco variando de 80 a 200 cm de diâmetro e coberto por uma casca cinza. Mais o que mais impressiona são suas raízes tabulares que dão uma forma e proporção incrível à arvore. Suas folhas são alternas espiraladas, compostas digitadas com um pecíolo( ramo que segura a folha) de 25-30 cm de comprimento; folíolos variando de 5 à 7, com forma de elipse mais estreitados na ponta, grados (lisos, sem pêlos) na parte superior e pálidos na inferior com tamanho de 6-8 cm de comprimento e 3-4 cm de largura. Flores brancas, actinomorfas, bissexuadas, gamossépalas e pedunculadas, que podem encontrar-se solitárias ou em fascículos. Seu fruto é dotado de uma fibra branca (Kapok) que é muito utilizada na fabricação de coletes salva-vidas, bóias e enchimento de colchões. De suas sementes é extraído um óleo comestível e que também serve como combustível de lamparinas.
Ela ocorre espontaneamente por toda região da Bacia Amazônica principalmente em florestas inundadas e pantanosas das várzeas dos rios, mas ocorre também em formações secundárias comportando-se como planta pioneira.
Fenologia: Floresce de agosto à setembro com a árvore totalmente desfolhada e seus frutos amadurecem de outubro à novembro.
Obter sementes diretamente da árvore pode se tornar uma tarefa complicada devido ao seu enorme porte, a saída é procurar nas plumas e frutos que caem ao entorno da árvore.
Não é necessário nenhum tipo de tratamento para a quebra de dormência das sementes,que podem ser semeadas diretamente em canteiros semi-sombreados contendo de preferência substrato organo- argiloso. Cobrir as sementes levemente e regar duas vezes ao dia. A emergência varia de 5 à 10 dias e a taxa de germinação varia com a temperatura e tempo de formação das sementes, que decai com o tempo.
Seu desenvolvimento é rápido podendo atingir facilmente 6m em dois anos. (fonte: Lorenzi, Harri - Árvores Brasileiras vol.1)
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