quinta-feira, 15 de abril de 2010

Lixo, Coleta e Disposição



A palavra lixo, derivada do termo latim lix, significa “cinza”.
No dicionário, ela é definida como sujeira, imundície, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor.
Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e compreende os materiais descartados pelas atividades humanas.

A partir do século XVIII, com a revolução industrial, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala, e com eles vieram as embalagens e produtos descartáveis de todos os tipos, como: sacolas e garrafas plásticas, aparelhos descartáveis, guardanapos de papel, etc.

Com essa tendência mundial passamos a viver a era dos descartáveis, e com isso aconteceu uma explosão nos números de lixo produzido pelas pessoas e comunidades.

Atualmente, em nível mundial, são geradas bilhões de toneladas de lixo por ano, devendo estas cifras alcançar proporções dramáticas em poucos anos, quando consideradas as taxas de crescimento populacional e evolução dos padrões de produção e consumo de bens.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira é de aproximadamente 170 milhões de habitantes, produzindo diariamente cerca de 126 mil toneladas de resíduos sólidos.

Quanto à destinação final, os dados relativos às formas de disposição de resíduos sólidos distribuídos de acordo com a população dos municípios, indicam que:
 63,6% dos municípios brasileiros depositam seus resíduos sólidos em “lixões”
13,8% utilizam aterros sanitários
18,4% dispõem seus resíduos em aterros controlados,
Os 5% dos entrevistados restantes não declaram o destino de seus resíduos.

Dos 5561 municípios brasileiros, 73,1% têm população inferior a 20.000 habitantes. Nesses municípios, 68,5% dos resíduos gerados são dispostos em locais inadequados.

Em muitos desses municípios faltam recursos humanos especializados e critérios técnicos, econômicos e sociais para tratar a questão dos resíduos sólidos.
Este fato tem conduzido a sérios problemas ambientais e de saúde pública.

CHORUME



O lixo em decomposição sob o solo juntamente com a água proveniente principalmente da chuva geram o chorume, (líquido que escorre do lixo e penetra pela terra levando substâncias contaminantes para o solo e para o lençol freático).

O chorume é um líquido escuro e com forte odor, que possui alto potencial patogênico e toxicológico.

O chorume pode comprometer o meio-ambiente local e tornar-se uma fonte de contaminação hidro-geológica.

LIXÃO, ATERRO CONTROLADO E ATERRO SANITÁRIO

Um LIXÃO é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume.

O ATERRO CONTROLADO é uma fase intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que foi remediado, ou seja, que recebeu cobertura de argila, e grama e captação de chorume e gás. É preparado para receber resíduos com uma impermeabilização com manta e tem uma operação que procura dar conta dos impactos negativos tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou outro material disponível como forração.

Na disposição tipo ATERRO SANITÁRIO o lixo é lançado sobre o terreno previamente nivelado e selado com argila e mantas de PVC. E, periodicamente recoberto com o solo do local para evitar contato com o ambiente. Nesse processo o lixo é compactado e tem seu volume reduzido pelas máquinas de terraplanagem. Câmaras isoladas do ar iniciam a biodegradação anaeróbica que libera gás e o chorume. Este é coletado através de drenos, encaminhado para a estação de tratamento.

COLETA SELETIVA

A coleta seletiva hoje é um importante mecanismo para o desenvolvimento da humanidade, pois economiza diversos recursos naturais como o petróleo, água, minérios.

A coleta seletiva também pode diminuir significativamente os impactos ambientais causados pela disposição de resíduos, principalmente nos lixões das grandes cidades onde já há um esgotamento de espaço, e contaminação do solo e do lençol freático.

A implantação da coleta seletiva por si só não resolve os problemas gerados pelo alto índice de produção de resíduos.

É preciso haver um trabalho de conscientização da importância da coleta seletiva para preparar a população para essa atividade. E é ai que entra a união e o trabalho em grupo.

Texto: Alcides Pedro de Souza Júnior

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