terça-feira, 18 de maio de 2010

Dia da Terra

O Dia da Terra foi criado em 1970 quando o Senador norte-americano Gaylord Nelson convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição. É festejado em 22 de abril e a partir de 1990, outros países passaram a celebrar a data.

Em comemoração a esta significativa data a ONG IMPRESSÃO VERDE esteve com alunos da APAE de Andradas na sede da AABB onde realizou um trabalho de conscientização ambiental.

Foram plantadas no local mudas de árvores frutíferas como cajú, acerola, pitanga e ameixa.

Cada grupo de dois alunos plantaram uma árvore e no total foram plantadas dez mudas.

Os alunos também cantaram e fizeram colagem produzindo um lindo cartaz comemorando a importante data.

Através deste evento esperamos trazer as crianças para mais perto da natureza gerando pessoas mais felizes e conscientes do seu papel como defensores do planeta.

E no dia 21 de abril feriadão de Tiradentes o presidente da ONG esteve como os alunos do 9° Nível do ensino médio da escola João Mosconi onde ministrou uma palestra expondo problemas atuais e futuros que o desequilíbrio ambiental vem trazendo.

Segundo Paulo somente a informação vai mudar este triste quadro e devemos divulgar ensinamentos para os jovens a fim de que eles sevam os agentes de mudança para um futuro melhor.

Foram plantadas pelos participantes da palestra mudas de Leucena e Guapuruvu ao longo do leito do rio Pirapitinga.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Mandamentos de Padre Cícero para o agricultor


1°-"Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau;

2°- Não toque fogo no roçado nem na caatinga;

3°- Não case mais e deixe os bichos viverem;

4°- Não crie boi nem bode soltos; faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer;

5°- Não plante em serra acima, nem faça roçado em ladeira muito em pé: deixe o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e não se perca a sua riqueza;

6°- Faça uma cisterna no oitão de sua casa para guardar água da chuva;

7°- Represe os riachos de cem em cem metros, ainda que seja com pedra solta;

8°- Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de cajú, de sabiá ou outra árvore qualquer, até que o sertão todo seja uma mata só;

9°- Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga, como a maniçoba, a favela e a jurema; elas podem ajudar você a conviver com a seca;

10°- Se o sertanejo obedecer a estes preceitos, a seca vai aos poucos se acabando, o gado melhorando e o povo terá sempre o que comer;

11°- Mas, se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só"

segunda-feira, 19 de abril de 2010

AS PESSOAS E O MEIO AMBIENTE



A pessoa consciente de seus valores sociais, das interações da natureza e de seu importante papel para a sua preservação, perpetuação e manutenção, é a melhor ferramenta disponível para que possamos juntos resolver nossos atuais problemas ambientais, sociais e econômicos.

Através da constante observação da natureza, acabamos por melhor nos conhecer, e este conhecimento nos proporciona nosso real papel de protetores do planeta e seus recursos, pois ao contrário dos demais seres vivos temos a capacidade de transformar o meio e devemos fazê-lo de forma consciente a não gerar impactos ambientais negativos.

Devemos assumir nosso compromisso de deixar o planeta habitável para as próximas gerações, e isso depende de nossas atitudes e não de palavras escritas e ditas.

Chega de tanto falar, já esta mais que na hora de tomarmos atitudes e não esperar que elas sejam tomadas. É nossa espécie que está em risco eminente de extinção, porque mesmo quando a atmosfera era composta por enxofre, e sua temperatura a tornava inabitável para os seres mais complexos (eucariontes), os microrganismos extremófilos já habitavam as profundezas de nossos solos sem precisar respirar oxigênio.

O mundo não vai "acabar", o que vai provavelmente deixar de existir somos nós, homens e toda esta linda biodiversidade que se encontra hoje sobre o Planeta Terra, mas, como sabemos, através da sucessão ecológica um dia, por mais que demore o planeta se regenerará.

Cabe a nós tomarmos consciência e lutar para uma melhor adequação trazendo a tona o que a sustentabilidade tem de melhor: perpetuar nossos recursos naturais, implementar melhorias sociais e conscientização ambiental, diminuindo nossas atuais dependências por recursos não renováveis e poluidores. E somente por último pensarmos no dinheiro, pois de nada serve ele se não tivermos um planeta habitável para viver.

Faça a sua parte ... É mais fácil que você imagina!

Texto: Alcides Pedro de Souza Júnior.

Permacultura

Permacultura é um termo de conduta que não é muito divulgado, porém engloba aspectos interessantes da sustentabilidade dentro de nosso comportamento, independente de fins comerciais.

Em 1974, Bill Mollison, um cientista australiano, através da observação atenta da natureza onde tudo que está dentro dela faz sentido e está conectado, assim como o mundo que nos envolve, desenvolveu uma estrutura de trabalho para um sistema de agricultura sustentável, baseado na policultura de árvores perenes, arbustos, ervas, fungos e tubérculos, para o qual criou a palavra Permacultura.

O melhor meio de entender a permacultura é através da prática, das ações permaculturais, por exemplo: nas escolas africanas o alimento está sendo produzido onde antes só havia pó; na Austrália muitas escolas estão formando oásis abundantes de alimentos para serem consumidos no lanche; em Cuba o governo tem recolhido lixo orgânico nas casas e devolvido terra de primeira qualidade para quem quer ter uma horta no quintal e no Brasil no Ecocentro IPEC, em Pirenópolis, Goiás, as fezes humanas viram adubo para as plantas e a água consumida vem da chuva: tudo isso é permacultura.

O melhor da permacultura é que ela não contempla somente as propriedades rurais mais toda a sociedade, podendo assim ser aplicada desde dentro de um apartamento na Avenida Paulista em São Paulo como em regiões remotas da Amazônia. E diferentemente da sustentabilidade que visa o equilíbrio social, econômico e ambiental, a Permacultura tem como principal enfoque o equilíbrio ambiental e social, o fator econômico é apenas conseqüência deste equilíbrio e não um de seus pilares principais.

Enfim são um conjunto de ações conscientes que barram a relação de consumismo do homem com os recursos naturais do mundo e criam um ciclo saudável. Reciclar é um bom exemplo de como ser um permacultor.

Dentro da permacultura os produtos orgânicos devem ser compostados corretamente e retornados a terra, porque eles enriquecem o solo e ajudam a aumentar a produção. Outros produtos podem ser reaproveitados como latas, potes e garrafas, por exemplo, servindo para guardar alimentos, virar vasos e até luminárias; garrafas pet se transformam em vassouras, enfim tudo pode ser reaproveitado desde que se tenha vontade e consciência de que jogamos fora muita coisa útil. Transformar o jardim seco e triste da pracinha enfrente a sua casa em uma área arborizada, também é permacultura.

A permacultura nos traz de volta velhos conceitos, que há muito tempo vem sendo esquecidos por nossa atual sociedade consumista.

Se conseguimos reaproveitar até dejetos humanos, imagine só o que não podemos fazer para ajudar nosso planeta?

Devemos parar de desperdiçar nossos recursos naturais porque eles são sim, em sua maioria, não renováveis.

A maneira mais fácil de conseguirmos mudar nossa realidade é através da educação de nossas crianças e adultos, que como dito por Geraldo Stachetti, pesquisador da EMBRAPA: “...é mais fácil começar pelas pessoas que pelas árvores.”

Texto: Alcides Pedro de Souza Júnior.

INTERDEPENDÊNCIA ECOLÓGICA

As mudanças climáticas são diferentes de outros problemas que a humanidade enfrenta – nos desafia a pensar diferente em muitos níveis. Sobretudo, nos desafia a pensar no que significa viver como parte de uma comunidade.

Interdependência ecologia não é um conceito abstrato. Nós vivemos hoje num mundo dividido em muitos níveis. Pessoas são separadas por vastos abismos financeiros e de oportunidades. Em muitas regiões, nacionalismos rivais são fontes de conflitos. Muitas vezes religioso, cultural e de identidade étnica são tratadas como fontes de divisão e diferença.

Frente a todas essas diferenças, as mudanças climáticas são um potente lembrete de que todos nós dividimos algo em comum, que é chamado Planeta Terra. Todas as nações e pessoas dividem a mesma atmosfera. E nós só temos uma.

Chegou a hora de repensarmos nossos estilos de vida e de usar a tecnologia de forma a defender nosso planeta, pois sim ele é nosso e não seu e muito menos meu!

Meu avô costumava dizer que chegaríamos a uma situação de descontrole ambiental de proporções nunca imaginadas e que teríamos um saco de dinheiro e não conseguiríamos comprar sequer um quilo de feijão, e que nossa tecnologia atingiria um ponto de evolução que teríamos de voltar a traz no tempo, retornando a utilizar velhos conceitos. Daí eu me pergunto será que ele era louco ou apenas mais um visionário perdido entre seu tempo e um que ainda nem existiu.

A questão em jogo é a sobrevivência da raça humana e não somente a minha, a sua.

Temos que deixar de lado nossas diferenças e nos unir por um bem maior. Mudando nossa forma de consumo, produzindo menos lixo, utilizando menos produtos descartáveis, reutilizando tudo que for possível.

Sustentabilidade nada mais é que viver em harmonia com a natureza, retirando dela somente o que precisamos e de forma a preservá-la, reutilizando tudo que consumimos, pois sabemos muito bem que temos tecnologia e conhecimento para isso.

Nossos massacrados índios não só aqui do Brasil, mas como em muitas outras regiões do planeta já se utilizavam da sustentabilidade, mas infelizmente não tivemos tempo de aprender com eles porque estávamos ocupados demais os dizimando.

Viver de forma sustentável não quer dizer que devemos abrir mão do consumo, mas consumir de forma planejada evitando desperdícios. Por exemplo, nós consumidores devemos cada vez mais exigir produtos menos nocivos ao planeta, optando por consumir :

· Carros mais eficientes no consumo de combustível;
· Embalagens biodegradáveis;
· Eletroeletrônicos mais eficientes em relação ao consumo de energia;
· Tecidos de fonte orgânica evitando, por exemplo, o poliéster que é derivado do petróleo;
· Alimentos que seguem padrões de produção que respeitem nossas leis ambientais e que garantem a perpetuação de nossos recursos naturais, além de trazer maior distribuição de renda e qualidade de vida para os trabalhadores e produtores rurais.

Atitudes simples podem fazer muita diferença, só basta buscar informação e aos poucos ir adaptando-se a essa nova tendência mundial, afinal o planeta precisa de nós!

Eu estou fazendo a minha parte e você?

Texto: Alcides Pedro de Souza Júnior

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Lixo, Coleta e Disposição



A palavra lixo, derivada do termo latim lix, significa “cinza”.
No dicionário, ela é definida como sujeira, imundície, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor.
Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e compreende os materiais descartados pelas atividades humanas.

A partir do século XVIII, com a revolução industrial, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala, e com eles vieram as embalagens e produtos descartáveis de todos os tipos, como: sacolas e garrafas plásticas, aparelhos descartáveis, guardanapos de papel, etc.

Com essa tendência mundial passamos a viver a era dos descartáveis, e com isso aconteceu uma explosão nos números de lixo produzido pelas pessoas e comunidades.

Atualmente, em nível mundial, são geradas bilhões de toneladas de lixo por ano, devendo estas cifras alcançar proporções dramáticas em poucos anos, quando consideradas as taxas de crescimento populacional e evolução dos padrões de produção e consumo de bens.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira é de aproximadamente 170 milhões de habitantes, produzindo diariamente cerca de 126 mil toneladas de resíduos sólidos.

Quanto à destinação final, os dados relativos às formas de disposição de resíduos sólidos distribuídos de acordo com a população dos municípios, indicam que:
 63,6% dos municípios brasileiros depositam seus resíduos sólidos em “lixões”
13,8% utilizam aterros sanitários
18,4% dispõem seus resíduos em aterros controlados,
Os 5% dos entrevistados restantes não declaram o destino de seus resíduos.

Dos 5561 municípios brasileiros, 73,1% têm população inferior a 20.000 habitantes. Nesses municípios, 68,5% dos resíduos gerados são dispostos em locais inadequados.

Em muitos desses municípios faltam recursos humanos especializados e critérios técnicos, econômicos e sociais para tratar a questão dos resíduos sólidos.
Este fato tem conduzido a sérios problemas ambientais e de saúde pública.

CHORUME



O lixo em decomposição sob o solo juntamente com a água proveniente principalmente da chuva geram o chorume, (líquido que escorre do lixo e penetra pela terra levando substâncias contaminantes para o solo e para o lençol freático).

O chorume é um líquido escuro e com forte odor, que possui alto potencial patogênico e toxicológico.

O chorume pode comprometer o meio-ambiente local e tornar-se uma fonte de contaminação hidro-geológica.

LIXÃO, ATERRO CONTROLADO E ATERRO SANITÁRIO

Um LIXÃO é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume.

O ATERRO CONTROLADO é uma fase intermediária entre o lixão e o aterro sanitário. Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que foi remediado, ou seja, que recebeu cobertura de argila, e grama e captação de chorume e gás. É preparado para receber resíduos com uma impermeabilização com manta e tem uma operação que procura dar conta dos impactos negativos tais como a cobertura diária da pilha de lixo com terra ou outro material disponível como forração.

Na disposição tipo ATERRO SANITÁRIO o lixo é lançado sobre o terreno previamente nivelado e selado com argila e mantas de PVC. E, periodicamente recoberto com o solo do local para evitar contato com o ambiente. Nesse processo o lixo é compactado e tem seu volume reduzido pelas máquinas de terraplanagem. Câmaras isoladas do ar iniciam a biodegradação anaeróbica que libera gás e o chorume. Este é coletado através de drenos, encaminhado para a estação de tratamento.

COLETA SELETIVA

A coleta seletiva hoje é um importante mecanismo para o desenvolvimento da humanidade, pois economiza diversos recursos naturais como o petróleo, água, minérios.

A coleta seletiva também pode diminuir significativamente os impactos ambientais causados pela disposição de resíduos, principalmente nos lixões das grandes cidades onde já há um esgotamento de espaço, e contaminação do solo e do lençol freático.

A implantação da coleta seletiva por si só não resolve os problemas gerados pelo alto índice de produção de resíduos.

É preciso haver um trabalho de conscientização da importância da coleta seletiva para preparar a população para essa atividade. E é ai que entra a união e o trabalho em grupo.

Texto: Alcides Pedro de Souza Júnior

quarta-feira, 24 de março de 2010

Britânicos constroem arranha-céu com turbinas ecológicas

 

Prédio vai gerar 8% da energia que necessita e será entregue em abril

Chamado de Strata Tower, ele tem 148 metros de altura e 42 andares, o suficiente para aproveitar os ventos de 56 km/h da região londrina. Para evitar qualquer problema, o arranha-céu tem uma base de cinco toneladas equipada com amortecedores de vibrações que o mantém seguro no chão.

O empreendimento demonstra a vontade dos britânicos para reduzir suas emissões. Até 2019, todas as novas construções no Reino Unido precisarão ser sustentáveis. Ao todo, o Strata Tower custou 113 milhões de libras (algo como R$ 302 milhões) e será entregue até abril deste ano. Confira abaixo mais imagens e informações sobre ele.

fonte: revistagalileu.globo.com

sábado, 6 de março de 2010

Sumauma


Ceiba pentandra

Sumauma, sumaúma-da-várzea, sumaumeira, árvore-da-seda, sumauna-verdadeira.

Confesso que fiquei boquiaberto quando a vi pela primeira vez . Estava eu a andar pelo jardim botânico do Rio de Janeiro quando em meio a tantas outras belíssimas espécies , a avistei, majestosa em seu gigantesco tamanho. Foi muito emocionante estar a frente, ou melhor aos pés dessa gigante. Suas enormes raízes tabulares pareciam querer abraçar todo e qualquer ser que mais próximo dela se achegasse. Este exemplar inclusive é muito antigo e com certeza foi plantado a mando de Dom João VI que na época era apenas príncipe regente. Como você pode conferir pelas fotos suas medidas são incríveis e realmente nos faz sentir um tanto insignificantes diante sua grandiosidade.

Características morfológicas: Altura de 30-50 m, com tronco variando de 80 a 200 cm de diâmetro e coberto por uma casca cinza. Mais o que mais impressiona são suas raízes tabulares que dão uma forma e proporção incrível à arvore. Suas folhas são alternas espiraladas, compostas digitadas com um pecíolo( ramo que segura a folha) de 25-30 cm de comprimento; folíolos variando de 5 à 7, com forma de elipse mais estreitados na ponta, grados (lisos, sem pêlos) na parte superior e pálidos na inferior com tamanho de 6-8 cm de comprimento e 3-4 cm de largura. Flores brancas, actinomorfas, bissexuadas, gamossépalas e pedunculadas, que podem encontrar-se solitárias ou em fascículos. Seu fruto é dotado de uma fibra branca (Kapok) que é muito utilizada na fabricação de coletes salva-vidas, bóias e enchimento de colchões. De suas sementes é extraído um óleo comestível e que também serve como combustível de lamparinas.

Ela ocorre espontaneamente por toda região da Bacia Amazônica principalmente em florestas inundadas e pantanosas das várzeas dos rios, mas ocorre também em formações secundárias comportando-se como planta pioneira.

Fenologia: Floresce de agosto à setembro com a árvore totalmente desfolhada e seus frutos amadurecem de outubro à novembro.

Obter sementes diretamente da árvore pode se tornar uma tarefa complicada devido ao seu enorme porte, a saída é procurar nas plumas e frutos que caem ao entorno da árvore.

Não é necessário nenhum tipo de tratamento para a quebra de dormência das sementes,que podem ser semeadas diretamente em canteiros semi-sombreados contendo de preferência substrato organo- argiloso. Cobrir as sementes levemente e regar duas vezes ao dia. A emergência varia de 5 à 10 dias e a taxa de germinação varia com a temperatura e tempo de formação das sementes, que decai com o tempo.

Seu desenvolvimento é rápido podendo atingir facilmente 6m em dois anos. (fonte: Lorenzi, Harri - Árvores Brasileiras vol.1)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Exuberância Natural - Amarelo


fotos: Alcides P. de Souza Jr. - Andradas - MG

Schizolobium parahyba
Guapuruvu, ficheira, bacurubu, guapiruvu, pataqueira, pau-de-vintem, birosca, bandarra, faveira.
Árvore Pioneira ideal para recuperação de áreas degradadas. Possui uma característica peculiar que a protege de formigas cortadeiras: quando pequena seu caule é coberto por uma substância pegajosa que evita possível subida de formigas e outros insetos evitando assim ataque a suas folhas. Confesso que é uma das minhas árvores preferidas, devida a força com que germinam suas sementes chegando até a levantar o substrato junto com o tegumento. Sua germinação é rápida, assim como seu crescimento que pode ser notado dia-a-dia.

Tenho feito vários testes com ela nos mais diversos tipos de terrenos e ela sempre surpreende pelo seu alto poder de adaptação.


Segundo Lorenzi é uma das espécies nativas de crescimento mais rápido que se conhece.


Características morfológicas:


Quando em flor possui uma bela aparência podendo ser reconhecida e vista a longas distâncias. Suas flores são amarelas e vistosas, bissexuadas, diclamídeas, dispostas em longos racemos axilares e subapicais. Com altura que varia de 20 a 30 metros e tronco com até 80cm de diâmetro. Sua casca é fina com ritidoma escamosa com cicatrizes. Suas folhas são aglomeradas nas pontas dos ramos alternas espiraladas, compostas bipinadas de 80 a 100 cm de comprimento, com cerca de 40 pinas opostas, sendo que cada pina contêm de 20 a 50 folíolos, oblongos (mais compridas que largas), glabros (sem pelo). Seus frutos são secos com uma ou duas alas membranosas onde encontra-se uma única semente e quando em queda apresentam movimento helicoidal que auxilia a dispersão das sementes.


Floresce em agosto com a árvore totalmente despida de folhas mantendo-se até meados de outubro.


Suas sementes devem ser escarificadas antes do plantio, o que pode ser conseguido esfregando-as no cimento ou lixa. Deve-se tomar cuidado com o “bico” (embrião) da semente que não pode ser avariado, pois por ele é que se inicia a germinação. A emergência varia de 5 a 15 dias e a taxa de germinação é as vezes superior a 85%.(fonte: Lorenzi, Harri - Árvores Brasileiras vol.1)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Exuberância Natural

fotos: Alcides P. de Souza Jr. - Rio de Janeiro

Couroupita guianensis


Macacarecuia, abricó-de-macaco, castanha- de- macaco, cuia-de-macaco, amêndoa-dos-andes.

Árvore extremamente ornamental, de aparência um tanto curiosa quando apresenta a flor e o fruto juntos, pois mais parece uma árvore de natal. A primeira vez que a vi achei que era mesmo uma arvore enfeitada para as festas do final de ano e que devido a um descuido não tinha sido retirados seus ornamentos e bolas natalinas.

Atinge de 8-15m de altura, com tronco com diâmetro variando de 30-50 cm. Possui casca de tonalidade cinza com cicatrizes, devido a florescimentos anteriores. Suas folhas são alternas, aglomeradas na ponta dos ramos, obovadas (com parte fixa na extremidade estreita). Suas flores são impressionantes, não só pela beleza como pelo perfume que exalam e saem diretamente do tronco por ramos distribuídos por todo o tronco.


Seus frutos são procurados por macacos e porcos do mato, mais apresentam cheiro inconveniente quando em decomposição e risco de acidente pelo grande peso que apresentam.

Cada fruto apresenta cerca de 3.500 sementes que podem ser colocados para germinar sem nenhum tratamento para quebra de dormência. Deve-se somente retira-los dos frutos que, pode ser feito mais facilmente deixando os frutos amadurecerem que é conseguido deixando-os de repouso por alguns dias. Depois de maduros é só abri-los e com auxilio de peneira e água corrente realizar a separação da massa mucilaginosa das sementes e depois seca-las ao sol pleno.


A emergência das sementes se dá de 8-15 dias e possuem taxa de germinação de 80% , mas decai com o passar dos dias devendo ser plantada o quanto antes. Deve-se replantar as plântulas com cerca de 10 cm para embalagens individuais e mantê-las em local semi-sombreado. Seu desenvolvimento é rápido. (fonte: Lorenzi, Harri - Árvores Brasileiras vol.1)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Propostas para um mundo pior

Um documento confidencial da ONU, que caiu nas mãos de repórteres do jornal inglês The Guardian, mostra que, levando-se em conta tudo o que foi prometido em termos de redução de emissões de CO2 pelos países que se reuniram em Copenhague, a temperatura média da Terra estaria em torno de 3ºC mais alta no fim desse século. Esse aumento, segundo os cientistas, teria consequências devastadoras para a vida no planeta.

“A não ser que os países se comprometam com ações mais ousadas antes e logo depois de 2020, as emissões globais vão atingir seu pico depois do que deveriam e colocar o mundo na direção de um futuro insustentável”, conclui o documento da ONU.

Segundo o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), esse aumento de 3ºC significa:

- Mais enchentes e tempestades;

- Aumento do risco de extinção para 30% das espécies do planeta;

- Alterações em ecossistemas;

- Aumento da mortalidade de corais;

- Tendência a queda de produtividade de grãos em certas partes do planeta;

- Vetores de doenças podem mudar de local e atingir áreas onde não ocorriam.

O documento da ONU, na verdade uma análise preliminar do que significam em termos reais as propostas de redução que estão na mesa de negociações em Copenhague, comprova que os governos, principalmente dos países desenvolvidos, não estão fazendo tudo o que devem para cumprir a promessa de manter o aumento médio da temperatura global abaixo dos 2ºC. Esse é um Climagate real, não um factóide.

O texto também sinaliza que as últimas 24 horas de conversas na capital dinamarquesa serão fundamentais para evitar que a COP 15 acabe em fracasso. “Este é o pedaço de papel mais importante no mundo hoje”, disse Kumi Naidoo, diretor executivo internacional do Greenpeace. “Ele mostra de forma contundente que o acordo do clima que está sendo costurado em Copenhague colocaria em risco a viabilidade da nossa civilização. Um aumento de 3ºC significa devastação na África e o possível colapso de ecossistemas do qual dependem bilhões de humanos.”

Naidoo lembra que esse documento deveria servir de alerta para os líderes mundiais. “Eles têm um dia apenas para reverter esse quadro, sob o risco de serem lembrados para sempre como as pessoas que enviaram o mundo rumo aos caos”, afirmou. Segundo os autores do estudo da ONU, finalizado às pressas no início da madrugada da última quarta-feira, seu objetivo era medir preliminarmente o efeito agregado das propostas de redução até 2020 e avaliar qual o impacto que elas poderiam ter daí para a frente.

A recomendação da ciência é que, para evitar a debate climática, o pico de emissões de CO2 deve acontecer entre os anos de 2015 e 2020 para, a partir daí, ir baixando até chegar a 50% menos, em 2050, em relação aos níveis atuais. Mesmo que os países consigam cumprir suas reduções no limite mais alto de suas propostas, ainda assim isso deixaria o mundo perigosamente próximo de uma catástrofe climática no fim deste século.

fonte: Greenpeace.org
12/2009

Sustentabilidade - O que significa isso?

Sustentável isso, sustentável aquilo... todos estão se esforçando para dizer que são sustentáveis - Ok, mas o que isso realmente significa?

Estamos solidários com a definição original de desenvolvimento sustentável:

"O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades"

Gro Harlem Brundtland, o primeiro-ministro da Noruega, e autor de "Nosso Futuro Comum", disse isto em 1987.

Eh muito impressionante? Mas como podemos traduzir isso para ações práticas?

Bem, precisamos trabalhar no sentido de uma economia global que:

• cria um valor muito baixo de emissões de carbono

• reconhece e usa responsavelmente os recursos finitos do nosso planeta

• auxilia a distribuição adequada das riquezas a fim de minimizar a pobreza

• desenvolve produtos e serviços que adicionam emocional e bem-estar físico

Fácil, fácil então ...

O que estamos fazendo sobre isso?

fonte: http://www.virgin.com/people-and-planet/our-green-vision/let-s-make-money-like-there-is-a-tomorrow

Líderes do mundo fracassam na COP15

Os líderes mundiais mostraram hoje sua incapacidade de colocar seus interesses particulares – especialmente econômicos – acima das necessidades da humanidade. As milhões de pessoas que dependiam de uma decisão ambiciosa que de fato controlasse o aquecimento global foram abandonados à sua própria sorte.

Os 120 chefes de Estado reunidos em Copenhague, na COP15, falharam. Eles colocaram suas prioridades domésticas acima de um compromisso global. E quem vai pagar mais caro são justamente os mais pobres e vulneráveis. “O acordo não é justo, ambicioso, nem legalmente vinculante. Os líderes falharam em evitar o caos climático. Este ano o mundo enfrentou uma série de crises e com certeza a maior delas é a crise de liderança”, diz Marcelo Furtado, diretor-executivo do Greenpeace no Brasil.

Os chefes de Estado abandonaram a COP15 sem declarações públicas e, principalmente, sem cumprir seu mais essencial objetivo: evitar os efeitos perigosos das mudanças climáticas. Um “acordo de Copenhague”, costurado por 30 dos quase 200 países que integram a Convenção do Clima, é fraco e não representa nem um começo do que é necessário para controlar as alterações no planeta. Muitos países da América Latina, da África e pequenas ilhas se recusaram a se associar ao texto, em uma clara demonstração de repúdio.

O tal “acordo” determina que os esforços devem ser feitos para manter o aumento da temperatura em menos de 2°C e coloca algum dinheiro na mesa para começar a ajudar os países mais pobres a se adaptarem ao aquecimento global. Mas falha em seu cerne, ao não determinar uma meta ambiciosa de corte das emissões de gases-estufa. Sem isso, qualquer esforço de adaptação é insuficiente.

O presidente americano Barack Obama afirmou ontem, depois de abandonar a conferência, que o acordo de Copenhague representava a esperança de uma conclusão feliz de negociações que estão apenas começando. Afinal, segundo ele, conseguir um acordo com valor legal é “difícil” e toma tempo.

A questão é que o aquecimento global não espera as vontades e as dificuldades enfrentadas pelos políticos. A justificativa não convence suas vítimas. Longe dos corredores acarpetados de Copenhague, Washington, Genebra, Pequim e Brasília, as populações mais vulneráveis do planeta vão sofrer pela inação desse grupo.

“A cidade de Copenhague foi palco de um crime, com os culpados correndo para o aeroporto perseguidos pela vergonha”, afirma Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace International. “Presidentes e primeiros-ministros tiveram uma chance de uma em um milhão de mudar o mundo para sempre e impedir que o clima entre em colapso. Produziram apenas um entendimento cheio de omissões.”

Um acordo com força de lei, justo e ambicioso precisa ser fechado para controlar as mudanças climáticas. Os países desenvolvidos, que têm a maior responsabilidade, precisam cortar em 40% as emissões de gases-estufa em relação a 1990 até 2020. Os países emergentes também precisam fazer mais, com redução da taxa de crescimento de suas emissões. É preciso zerar o desmatamento das florestas tropicais e criar um mecanismo que financie ações de adaptação e mitigação nos países pobres. Sem nada disso, o mundo sai da COP15 deixando o presente e o futuro da humanidade em perigo.

A sociedade cobrou com propriedade a ida de seus presidentes para lá, para que assumissem posições corajosas. Eles foram, mas cumpriram apenas metade de seu papel. “A ideia de pressionar para que os líderes viessem para cá era justamente criar as condições para que houvesse uma decisão. Decidiram não decidir”, diz Paulo Adario, diretor da campanha da Amazônia do Greenpeace. “Eles deveriam ter vindo para cá com uma perspectiva global. Chegaram com os dois olhos virados para seus próprios quintais. Copenhague era o momento de ser ousado, de ter visão global. Comportaram-se como provincianos.”

A reunião de cúpula terminou da mesma maneira que começou, sem metas ambiciosas de corte de emissão, sem recursos financeiros para longo prazo e sem um texto consensual, com força de lei, que assegure seu cumprimento junto à comunidade internacional. “Temos de seguir em frente. Não apenas com marchas nas ruas, mas engajando o setor privado, o movimento social e os governos locais para transformar nossa comunidade e criar mais pressão política nos nossos governantes”, diz Furtado. “Afinal não podemos mudar a ciência, mas podemos mudar os políticos.”

fonte: Greenpeace.org
12/2009